Raupp defende parceria entre institutos de pesquisa e indústria
por Anônimo
24/01/2012 19h50 - Atualizado em 24/01/2012 20h10
Ministro disse que poucas empresas brasileiras investem em inovação.
Raupp tomou posse nesta terça no Ministério da Ciência e Tecnologia.
Fábio AmatoDo G1, em Brasília
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco
Antonio Raupp, e a presidente Dilma Rousseff,
durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto
(Foto: José Cruz/ABr)
O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, defendeu nesta terça-feira (24) o fortalecimento dos institutos de pesquisa nacionais e a ampliação das parcerias com empresas privadas de modo a alavancar o desenvolvimento de novos produtos no país.
"Os institutos de pesquisa, fortalecidos, devem se alinhar à política de ciência, tecnologia e inovação [do governo] de modo a se dedicarem a grandes projetos mobilizados e estruturantes do desenvolvimento sustentável", disse o novo ministro, durante cerimônia de transmissão de cargo com seu antecessor, Aloizio Mercadante, em Brasília.
Raupp disse que um de seus principais desafios no ministério será fazer a aproximação entres os institutos de pesquisa e a indústria nacional. Citou como exemplo uma parceria firmada entre a Telebrás e a Embraer para desenvolvimento de um satélite geoestacionário, ainda em fase de implementação.
O ministro afirmou que poucas empresas brasileiras investem em inovação tecnológica, medida que considerou essencial para a competição em um ambiente de mercado globalizado.
"Ainda é muito reduzido o número de empresas brasileiras que investem na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou serviços para o mercado. Sem o investimento em p&d, as empresas brasileiras não inovam, perdem competitividade e correm o risco de serem engolidas ou trucidadas pelas concorrentes de outros países", disse.
Mais cedo, durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o assunto foi tratado pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso. Ela falou sobre a necessidade de um "casamento" entre universidade ou centros tecnológicos com empresas.
"Não há nem transferência de tecnologia quando você não tem empresa capacitada para absorver, empresa privada, empresa pública... Há que ter uma empresa, e não tenha um instituto tecnológico e uma rede de pesquisa científica. Ninguém transfere tecnologia, ninguém absorve tecnologia sem essa parceria", disse a presidente.
Segundo o novo ministro, o papel fundamental das universidades deve ser "a formação de profissionais qualificados para atender às diversas demandas da sociedade, acompanhada da realização de pesquisa científica". Entretanto, disse ele, os institutos de pesquisa "são o ente mais apropriado para fazer a intermediação do conhecimento científico com o sistema produtivo".
'Potência ambiental'
Raupp disse ainda que o desenvolvimento da exploração sustentável da biodiversidade do país será outro desafia de sua pasta. De acordo com ele, o sucesso nesse plano pode levar o Brasil a se tornar a "primeira potência ambiental do planeta."
"Temos as condições básicas para isso: meio ambiente riquíssimo e um sistema de ciência e tecnologia maduro e dinâmico. A questão é aproximar esses conceitos", disse o novo ministro.
Eu sinceramente não sei muito sobre a histório do sr. Raupp, mas gostei muito da declaração dele.
Quem esta na acadêmia sabe o quanto é distante a conversa sobre faculdades e mercado, pelo menos aqui no Brasil, é uma triste realidade. Aonde as duas partes precisam reavaliar a melhor forma de cooperação entre as mesmas, ganhando assim, inovação pelo lado da acadêmia e produtos inovadores e profissionais capacitados no lado do mercado.
Muito bom sr. Raupp, continue assim para que o nosso país se destaque no setor de ciências e tecnologia também.
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